Economia 1j472a
Pouco antes da decisão do Copom, mercado ‘aposta’ em nova queda de 0,5 p.p. da Selic 524054
Trapalhadas palacianas e guerras à parte, expectativa é de que BC manterá ritmo de cortes
Horas antes de o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom/BC) anunciar, no final desta quarta-feira (1º) sua decisão sobre a taxa básica de juros (Selic), a previsão predominante do mercado financeiro é de um corte de meio ponto percentual (0,5 p.p.), a exemplo do que ocorreu nas duas últimas reuniões anteriores do colegiado. Se assim for, a taxa cairia dos atuais 12,75% ao ano para 12,25% ao ano.
O anúncio desta vez é cercado de expectativas, tendo em vista a adição de novos fatores que influenciam a política monetária do país, internamente, pelo discurso fiscal ‘desafinado’ entre ministro e chefe, e externamente, pela turbulência geopolítica que alimenta a volatilidade internacional.
Enquanto o destino da Selic não é conhecido, persiste o otimismo (até quando?) do mercado com relação à continuidade da agenda de ‘afrouxamento monetário’ pilotado pelo BC, que deverá manter a sistemática de corte de meio ponto percentual, a cada nova reunião do comitê.
Pelo menos, por enquanto, tal previsibilidade tem superado os estragos produzidos pela fala perdulária lulista, jogando para as ‘calendas’ qualquer princípio sério de equilíbrio fiscal. Bombeiro de primeira hora, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se apressou em garantir, sem esconder a surpresa com a declaração do patrão, de que não haveria alteração da meta, cujo déficit em 2024 poderia, até, chegar a 0,5% do PIB.
Para a economista na WIT Invest, Jadye Lima, “a grande pergunta que fica é sobre o tom da reunião, especialmente depois de eventos recentes, como a fala do presidente Lula e da coletiva do Haddad. Particularmente, acredito que o board [Copom] focará em comunicar a intensidade dos cortes para as próximas reuniões com algum aviso sobre a situação fiscal no Brasil”.
Reforça a aposta de queda de 0,5 p.p. a informação de que os núcleos da inflação estariam controlados, ainda que o quadro externo ‘inspire cuidados’. Contribui para a apreciação favorável da situação doméstica a divulgação de que o IPCA-15 (prévia da inflação) desacelerou, em viés de queda, para 0,21% em outubro, sob influência determinante da deflação dos alimentos e dos combustíveis. Se considerado, porém, o período acumulado em 12 meses, o IPCA-15 variou 5,05%, ainda superior, portanto, ao teto da meta de inflação para este ano, de 4,75%. Já a projeção do Boletim Focus é de que o IPCA encerre 2023 a 4,63%, nesse caso, dentro da meta.
Na avaliação do coordenador do grupo consultivo macroeconômico da Anbima (Associação Nacional das Instituições do Mercado Financeiro), Fernando Honorato, “a piora do cenário externo não deve alterar o ritmo de queda da taxa básica de juros no curto prazo, considerando o processo de desinflação que vem ocorrendo na economia brasileira”.
No paralelo, o Federal Reserve (Fed) – o bc ianque – deverá anunciar sua decisão sobre os juros dos EUA – maior economia mundial – mediante projeções do mercado de que estes deverão ser mantidos no intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano, diante de um cenário composto pela resiliência da economia estadunidense, mercado de trabalho forte e crescimento do PIB, com o benefício da ‘desaceleração’ da inflação ao consumidor, verificada em setembro último.

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